15h49... Temos pressa o tempo todo. A morte de um ser amado faz o nosso tempo mudar de marcha, desacelera a vida de quem fica. É como se caíssemos em outra dimensão, ficamos à margem do mundo que continua acontecendo. Mas esse período de luto é necessário e o ritmo de cada um deve ser respeitado. Não devemos, jamais, banalizar a dor, nossa ou de outra pessoa. Basta lembrar que, mais do que morrer, todos vamos perder alguém em algum momento. E algo nosso sempre morre também com aqueles que perdemos. Um pedaço nosso que é arrancado brutalmente e precisamos aprender a viver com a mutilação, com a cicatriz que não nos deixa esquecer o que havia lá e deixou de existir...
Ontem fez uma semana que a Nina morreu. Se por um lado parece agora mais real que minha bebê se foi, sei que cada vez mais vai parecer que ela nunca existiu em lugar nenhum além da minha memória. Isso é triste, mas é assim que eu funciono.
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